Nesta época de final de ano, diversos órgãos de comunicação social, instituições e outras entidades do mundo inteiro desdobram-se na procura das personalidades e dos factos que mais se destacaram ao longo do ano.quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Prémios Coiratos e Morangueiro 2008
Nesta época de final de ano, diversos órgãos de comunicação social, instituições e outras entidades do mundo inteiro desdobram-se na procura das personalidades e dos factos que mais se destacaram ao longo do ano.domingo, 21 de dezembro de 2008
Memórias do Vinil III - Feliz Natal 2008
Na procura de músicas de Natal no meu baú dos discos de vinil, nada encontrei, com muita pena! Restou-me a alternativa de sugerir um tema que transmitisse um espírito de alegria, felicidade e simplicidade adequado à época."Make Someone Happy" é o meu desejo e a minha mensagem de Natal para todos. Feliz Natal!
Memórias do Vinil II
Jim Morrison e os "The Doors": um tributo necessário ao músico-poeta abruptamente desaparecido e a uma banda que marcaram a história da música dos anos 60 e 70, com esta recordação do obrigatório "An American Prayer". quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Oh não! Outra vez o Santana Lopes...
Para quem não se lembra, na série os "Malucos do Circo", dos Monty Python, aparecia por vezes um sketch surrealista que consistia na intromissão, quando menos seria de esperar, de uma árvore (The Larch - em português alerce, lariço ou larice, conífera existente sobretudo nos Alpes) na cena que se desenrolava. Quando esta aparecia, ouvia-se geralmente uma expressão de descontentamento (Oh no! The Larch again!).A este propósito, não resisto a transcrever um artigo do Expresso da autoria de Nicolau Santos, sob o título "Dra Manuela, estou muito decepcionado":
Tenho o privilégio de conhecer Manuela Ferreira Leite, enquanto pessoa que tem ocupado diversos cargos públicos, há 20 anos.
Sei da sua integridade, da sua honestidade, da sua competência, mas sei também do apoio discretissimo que dá a diversas famílias pobres, da vida simples e sem ostentação que leva, e do seu muito peculiar sentido de humor, que os que a vêem apenas nos telejornais desconhecem.
Tive o privilégio de ter aceite o meu convite para ser colunista do Público quando ali fui director. E tenho o privilégio de ter aceite o convite do Expresso para escrever no Caderno de Economia, onde é colunista.
A sua candidatura a líder do PSD significou para muita gente uma ruptura com um passado recente em que o partido se entregava cada vez mais nas mãos de gente com quem poucas pessoas apreciariam jantar.
É pois, com enorme estupefacção, que a vejo a patrocinar uma nova candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara de Lisboa.
Foi contra o que Santana Lopes representava que Manuela Ferreira Leite se candidatou a presidente do PSD. Foi por isso que deixou a dúvida sobre em quem tinha votado nas eleições de 2005. E foi contra tudo o que Santana representa que foi eleita presidente dos sociais-democratas.
Santana deixou a Câmara de Lisboa à beira da ruptura financeira. Rasgou o contrato com um conjunto de arquitectos, entre os quais Norman Foster e Renzo Piano, para melhorar arquitectonicamente a cidade de Lisboa só porque não tinha sido ele a fazê-lo mas o seu antecessor. E contratou Frank Gehry, ficando tudo até hoje em águas de bacalhau - e Lisboa mais pobre e feia.
Vê-la agora a patrocinar esta candidatura deixa-me decepcionado. E triste. Não só pelo PSD que a democracia portuguesa exige. Mas também por si, dra. Manuela. Embora tenha a certeza que tomou contra-vontade esta decisão. O aparelho partidário impôs a sua lei. E isso é preocupante. E o sinal de que a senhora se vai fartar rapidamente do cargo que ocupa.
Pois é Dra Manuela, também eu fiquei muito decepcionado, e de que maneira.
Memórias de viagens I - Berlim
Berlim, a cidade dividida até 1989, apresenta-se hoje com um pulsar muito vivo e já quase refeita das inúmeras obras de reconstrução. quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Os suiços mais puros vivem nos Estados Unidos?
Ao folhear recentemente uma revista de uma companhia de aviação, dei conta de que os suiços mais puros poderão ser... norte-americanos.Na sequência de diversas perseguições, muitos dos Amish emigraram para os Estados Unidos, deixando o grupo praticamente sem seguidores na Europa. Beneficiando da liberdade religiosa no novo país, instalaram-se, principalmente na Pensilvânia, um novo estado fundado segundo os ideais de William Penn.
Unter den Linden
Poucos lugares no mundo podem orgulhar-se de terem assistido a tantos momentos históricos ou de terem visto desfilar tantas personagens ilustres como a avenida berlinense "Unter den Linden".A "Unter den Linden" começa nas Portas de Brandenburgo, ou mais precisamente na Pariser Platz, e está situada na parte mais interessante de Berlim, precisamente aquela que esteve sob domínio da então Alemanha Oriental, até à queda do Muro, em 1989.
A origem da artéria deve-se ao Grande Eleitor de Bradenburgo-Prússia Frederico Guilherme: em meados do séc. XVII, mandou construir uma alameda entre o seu castelo e o terreno de caça de Tiergarten, ladeada de árvores para proporcionar uma deslocação agradável aos viajantes - daí o seu nome, literalmente, "sob os limoeiros". Cerca de um século depois, Frederico II expandiu a avenida e adicionou-lhe um conjunto de obras arquitectónicas como a Ópera de Berlim e a Biblioteca Nacional, tornando a "Unter den Linden" ainda mais larga e popular.
A avenida foi ainda palco da entrada triunfal de Napoleão em Berlim, em Outubro de 1806, e de muitos outros momentos de relevo da História Universal, durante os séculos XVIII e XIX, até ser praticamente destruída por ocasião da II Guerra Mundial.
Reconstruída, a "Unter den Liden" passou uns anos mais tarde a deixar de estar acessível ao mundo ocidental com a construção do "Muro de Berlim", em 1961, que passava umas dezenas de metros atrás das Portas de Bradenburgo, e a ser ladeada por edifícios monumentais muito ao gosto estalinista, como a embaixada soviética e diversos ministérios da extinta República Democrática Alemã.
Contudo, o que mais me impressionou nesta avenida foi a Universidade Humboldt de Berlim: fundada em 1810, pelo reformista e linguista Wilhem von Humboldt, cujo modelo influenciou diversas universidades europeias, foi, a partir de 1828, conhecida também como "Friedrich-Wilhelms-Universität" e "Universität unter den Linden". Em 1949, recebeu a designação de "Humboldt-Universität", em honra do fundador e do seu irmão, o conhecido naturalista Alexander von Humboldt.
A Universidade teve como figuras ilustres nomes como Hegel, Schopenhauer, Schelling, Walter Benjamin, Einstein, Max Planck, Karl Marx, Engels, Otto von Bismarck ou Robert Schuman. Desta instituição sairam 29 prémios Nobel! Como Hertz ou Koch. Impressionante.
O modelo da Universidade serviu como inspiração para a também prestigiada John Hopkins, nos Estados Unidos. Pena que não sirva para o nosso país.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Memórias do Vinil I
Pegar nos velhos discos de vinil arrumados numa prateleira dá esta nostalgia. Quantos foram levados debaixo do braço para o liceu, quantas tardes passadas a levantar e pousar a agulha do gira-discos e quantos ficaram esquecidos em muitas festas. Sobraram alguns, mesmo assim, que dá para relembrar através destes registos do You Tube.segunda-feira, 24 de novembro de 2008
O Zé faz mesmo falta?
Certamente que os lisboetas ainda se recordam dos cartazes do principal candidato do Bloco de Esquerda às últimas eleições autárquicas da cidade, José Sá Fernandes."O Zé faz falta" era o leitmotiv dos intelectuais da esquerda-caviar que, por entre os seus habituais sorrisos irónicos de pretensa superioridade mental, nos queriam fazer crer ter aparecido uma personagem que iria revolucionar a cidade, embargando obra atrás de obra, e repor a justiça perdida, tal qual um verdadeiro Robin dos Bosques dos tempos modernos.
Eis que, quase secretamente, o Zé começa uma fase de namoro com os socialistas. E de repente, o casamento é anunciado e assumido de tal forma que agora o Zé aparece em público para defender algo que seria impensável há uns meses: os interesses comerciais do Porto de Lisboa.
Traído, aparece agora o bloquista-mor Francisco Louçã, no seu jeito seminarista, a requerer o divórcio.
Moral da história: o Zé faz falta! Só que ao PS, pois vale por dois, um a mais para o socialistas e um a menos para o Bloco de Esquerda.
sábado, 22 de novembro de 2008
A boa e a má imprensa
Um outro exemplo que salta à vista é a constante glorificação do treinador do Benfica, o espanhol Quique Flores. O homem ainda não ganhou nada, não está em primeiro do campeonato, viu-se aflito para eliminar o Penafiel na Taça de Portugal e corre o risco de ser eliminado na Taça UEFA. Para a imprensa, um herói com um discurso moderno e que veio revolucionar mentalidades no nosso futebol!
Já Paulo Bento, vencedor da Supertaça e conseguindo atingir os oitavos-de-final na Liga dos Campeões, não passa de um marrento e complicado treinador.
Mais engraçado ainda quando se fala em "tácticas". Ambos, Sporting e Benfica, jogam em "losango". Para os primeiros, um sistema que não serve, para os segundos, uma nova filosofia no futebol.
Haja paciência e profissionalismo!
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
O incompetente treinador-filósofo do futebol
terça-feira, 18 de novembro de 2008
A falta de vergonha da classe política
Com a devida vénia ao jornalista João Miguel Tavares, do "Diário de Notícias", a parte final de um texto publicado hoje que resume bem a situação actual de descaramento das nossas figuras públicas:segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Os amigos de Sócrates
Li há pouco que José Sócrates tinha sido o convidado de honra para a inauguração de um ginásio de um tal fisioterapeuta de Lisboa, conhecido nos meios futebolísticos.
O lírico assessor de imprensa do Benfica
Na senda de algumas declarações a que já nos habituou ultimamente, o assessor de imprensa do Benfica, João Gabriel, veio a público dizer, a propósito da detenção de elementos da claque "No Name Boys", que o Benfica não reconhecia este grupo.domingo, 16 de novembro de 2008
A cara travessia do Sado
Ao ter que me deslocar a Tróia, conheci ontem o novo serviço de travessia do Sado. Confesso que não me recordo dos preços praticados anteriormente, mas pagar 9,50€ pela passagem de uma viatura com condutor acrescidos de 2,00€ por cada passageiro, é muito caro. Contas feitas, uma viagem de ida-e-volta Setúbal-Tróia-Setúbal no novo ferry-boat da Atlantic Ferries, para uma família de quatro pessoas, fica na módica quantia de 31,00€!!! Isto apenas para os locais, pois quem tenha que se deslocar de Lisboa ou de outros pontos é um não findar de despesas de combustível e portagens.Com estes preços seria de esperar, como é óbvio, um serviço melhor. Pura desilusão: no cais de embarque, em Setúbal, um enxame de vendedores e pedintes e umas casas de banho imundas de fazer corar qualquer cidadão.
O percurso em Tróia termina agora mais a Sul, pelo que até em tempo os passageiros ficaram a perder. Certamente, a SONAE de Belmiro de Azevedo pretende despachar estes viajantes, que não se deslocam propositadamente para o resort, para bem longe. Não me resta outra leitura. Mas, pelo contrário, um novo serviço, este de catamarans e com uma duração de dez minutos, entrará em breve em funcionamento para transporte apenas de passageiros... com destino aos hotéis e casinos de Belmiro.
Um mau serviço para o turismo e para o consumidor.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
O mundo rasca do futebol
A APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol) vai apresentar queixa contra Paulo Bento por considerar que as palavras do técnico sportinguista "atingiram a infâmia e a má educação", quando este se referiu à (má) prestação de Bruno Paixão no recente Sporting - FC Porto, a contar para a Taça de Portugal. Dois pesos e duas medidas e a continuidade da subserviência às hostes de Pinto da Costa? É assim o mundo do futebol; ainda bem que não faço parte desta mixordice.
- PS: Uns dias após o jogo mencionado, foi tornado público o relatório do observador da Liga o qual só admitia um lapso do árbitro e atribuindo ao mesmo uma clasificação de Bom. Na mesma altura, o presidente da APAF veio também em defesa de Bruno Paixão. Moral da história: só estes dois senhores estão com o passo certo e todos aqueles que assistiram ao jogo não passam de uns desconhecedores! Só me resta somar a opinião dos dois técnicos e chamar a estas personagens de incompetentes e rídiculas e considerar a situação de meter nojo!
domingo, 9 de novembro de 2008
O Início
Coiratos e Morangueiro fazem parte do imaginário português, rivalizando nas preferências com os tradicionais caracóis ou com os pipis. À escondida da ASAE e de outros guardiões da assepticidade imposta por Bruxelas, sobrevivem ainda em improvisadas tascas ou roulottes, em particular em dia de bola e festividades populares. Lá vão assim resistindo à proliferação do nocivo e americanizado fast food, como as tascas aos impessoais estabelecimentos de restauração modernos.Da mesma forma que os coiratos e o morangueiro acabam por ser símbolos de resistência às novas imposições gastronómicas, também este blogue pretende ser um pequeno contributo de confrontação à propaganda exercida pelos diversos poderes instalados.
