Não se torna necessária uma análise exaustiva dos órgãos de comunicação social para se verificar a existência de uma "boa" e de uma "má" imprensa em relação a determinados protagonistas ou instituições.
No que toca à imprensa desportiva, esta constatação é, por demais, evidente. A crónica bem-humorada de hoje em "A Bola" do gato-fedorento Zé Diogo Quintela, na sequência do desaire da selecção portuguesa em Brasília, ilustra bem esta situação. Algumas citações: "Apesar das críticas, se os jornais tivessem escrito sobre esta derrota o que escreveram sobre os 5-3 do Sporting em Madrid, a vida do prof. estaria pior" e "Mas Queiróz ainda tem uma boa imprensa. Por pouco não lhe deram os parabéns por ter marcado dois golos em casa do Brasil". Não poderia estar mais de acordo.
Um outro exemplo que salta à vista é a constante glorificação do treinador do Benfica, o espanhol Quique Flores. O homem ainda não ganhou nada, não está em primeiro do campeonato, viu-se aflito para eliminar o Penafiel na Taça de Portugal e corre o risco de ser eliminado na Taça UEFA. Para a imprensa, um herói com um discurso moderno e que veio revolucionar mentalidades no nosso futebol!
Já Paulo Bento, vencedor da Supertaça e conseguindo atingir os oitavos-de-final na Liga dos Campeões, não passa de um marrento e complicado treinador.
Mais engraçado ainda quando se fala em "tácticas". Ambos, Sporting e Benfica, jogam em "losango". Para os primeiros, um sistema que não serve, para os segundos, uma nova filosofia no futebol.
Haja paciência e profissionalismo!
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