segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Zé faz mesmo falta?

Certamente que os lisboetas ainda se recordam dos cartazes do principal candidato do Bloco de Esquerda às últimas eleições autárquicas da cidade, José Sá Fernandes.

"O Zé faz falta" era o leitmotiv dos intelectuais da esquerda-caviar que, por entre os seus habituais sorrisos irónicos de pretensa superioridade mental, nos queriam fazer crer ter aparecido uma personagem que iria revolucionar a cidade, embargando obra atrás de obra, e repor a justiça perdida, tal qual um verdadeiro Robin dos Bosques dos tempos modernos.

Votos contados, e o tal Zé lá conquistou o seu lugarzinho na edilidade. Num ápice, porém, o Zé desapareceu de cena: "Onde pára o Zé?" passava a ser a interrogação para muitos já que nada se ouvia, via ou lia sobre o mesmo.

Eis que, quase secretamente, o Zé começa uma fase de namoro com os socialistas. E de repente, o casamento é anunciado e assumido de tal forma que agora o Zé aparece em público para defender algo que seria impensável há uns meses: os interesses comerciais do Porto de Lisboa.

Traído, aparece agora o bloquista-mor Francisco Louçã, no seu jeito seminarista, a requerer o divórcio.

Moral da história: o Zé faz falta! Só que ao PS, pois vale por dois, um a mais para o socialistas e um a menos para o Bloco de Esquerda.

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