sábado, 14 de março de 2009

Concelho Livre de Armas Nucleares

Há uns anos e como em muitos municípios de maioria comunista, quem descesse a Calçada de Carriche, em Lisboa, encontrava à entrada do concelho de Loures, uma placa com, se bem me recordo, os seguintes dizeres:

"Loures - Concelho Livre de Armas Nucleares"

O ridículo do cartaz deixava-nos a pensar se quando o nosso carro passasse a linha limítrofe concelhia ficaríamos livres desde logo de qualquer contaminação de algum rebentamento em Lisboa ou se, contrariamente ao município de Loures (na altura de gestão do PCP), todos os outros concelhos que não tivessem essa placa albergavam instalações radioactivas. Demagogia barata!

Veio-me à memória esta história do cartaz de propaganda comunista a propósito de um artigo do Jornal do Seixal, da autoria de Mónica Almeida, sobre um conjunto programado, por pretensos pacifistas, de manifestações anti-NATO:

"O manifesto começa a 14 de Março, em Berlim (Alemanha), passa por Belgrado (Sérvia) e termina em Estrasburgo (França), de 2 a 5 de Abril, onde se realiza uma Cimeira Anti-NATO durante o seu 60º aniversário, com um Seminário promovido pelo Conselho Mundial da Paz, seguido de uma Manifestação.

Após uma série de ataques militares contra diversos países, a NATO é vista por muitos como um inimigo do povo e da paz mundiais."

Ora acontece que, contrariamente ao escrito, a NATO não é vista desta maneira no mundo ocidental e o que não faltam são países a querer aderir à organização, principalmente aqueles que no passado pertenceram ao Pacto de Varsóvia de influência soviética.
Quanto ao Conselho Mundial da Paz e das suas organizações acopladas em Portugal de forte manipulação do PCP, basta dar uma vista de olhos aos sites das mesmas: anti-americanismo e anti-NATO primários. Não faltam referências à luta pela liberdade, pelos direitos humanos e pela paz...mas só no mundo ocidental, porque da Coreia do Norte ou de Cuba, por exemplo, nada se fala.
Nem de propósito a estes pacifistas manietados, de acordo com a TSF:
"O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs aos militares russos que utilizem um aeródromo na ilha La Orchila como base temporária para os aviões estratégicos da Força Aérea russa.

Em declarações à agência Interfax, o general Anatoli Jikhariov afirmou que «a proposta foi feita pelo Presidente da Venezuela. Se for tomada a respectiva decisão política, isso é possível».

O general que já visitou, no ano passado, a ilha La Orchila, no norte da Venezuela, chefiando uma delegação de oficiais russos, referiu que o aeródromo da base aérea naval local, depois de uma pequena reconstrução, «será capaz de receber os bombardeiros estratégicos russos com carga completa».
Será que vamos também ter manifestações em Lisboa por esta intenção de colocar armas na Venezuela? Ou só vale para alguns?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ilhas a não visitar

Com a Primavera à porta e apesar da crise, começamos a pensar nas nossas merecidas férias e, aos poucos, infelizmente apenas para aqueles que ainda podem, vamos espreitando os folhetos turísticos expostos nas agências de viagens. Para muitos, os mais apelativos são os que nos apresentam ilhas exóticas e paradisíacas, prometendo desde logo calor, águas cálidas, saborosos mergulhos e divertimento ou simples repouso.
Mas, contrariamente a estes santuários de lazer e turismo, outras ilhas existem onde a presença humana é simplesmente proibida pelos piores motivos. Uma delas situa-se na Escócia, a ilha de Gruinard: em 1942, durante a II Guerra Mundial, foi escolhida pelos militares britânicos como local de experiência para a guerra biológica e aí foram disseminadas algumas quantidades de esporos da bactéria antrax.
A experiência levou a que as ovelhas da ilha tivessem sido dizimadas por contaminação, não se contou, porém, com as condições climatéricas que fizeram com que esses esporos tenham também chegado à costa escocesa, e com as dificuldades de descontaminação dada a durabilidade do antrax.
Como resultado, a ilha ficou de quarentena por muitos e muitos anos, sendo apenas permitida a entrada de pessoal especialista devidamente protegido. Em 1986 foi realizado um esforço importante de descontaminação com 280 toneladas de formaldeído diluído em água do mar espalhadas pelos apenas 2 km quadrados da pequena ilha e apenas em 1990, 48 depois da experiência, foram removidos os sinais de perigo de contaminação.
Mas para mais ilhas como esta, nada como verificar também estes "paraísos" nos Estados Unidos e, a última, um legado soviético ao Cazaquistão e Uzbequistão:

Horn Island
Plum Island
Vozrozhdeniya Island


O que assusta mesmo é saber que um qualquer terrorista pode fabricar facilmente uma quantidade letal de antrax ou de muitos outros agentes biológicos ou químicos e espalhar o produto em qualquer esquina perto de nós... até mesmo naquelas ilhas paradisíacas dos catálogos...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Notas Pessoais I - Escolher Fruta

Confesso que me irrita quando no supermercado vejo os portugueses a escolher fruta. A mesma é apalpada e dilacerada vezes sem conta por inúmeras mãos, acabando por ficar com um aspecto pouco convidativo.
Com as uvas então, é por demais! O portuga típico atira-se a um bago mais reluzente para provar a qualidade das mesmas, deixando o cacho completamente esfrangalhado. Ao menos, que tivesse a decência de arrancar um pequeno ramículo, como mandam as regras da boa educação, ficando o dito cacho com um aspecto menos rídiculo.
Cá por mim e apesar de não ser de estatura elevada, escolho as peças de fruta das caixas mais elevadas, sempre foram menos tocadas, em teoria...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Rui Silva, um grande campeão!

No passado fim-de-semana, em Turim - Itália, o atleta sportinguista Rui Silva conquistou mais uma medalha de ouro na prova de 1500 metros dos Campeonatos Europeus de Atletismo em pista coberta, repetindo assim os êxitos de 1998 e de 2002, e juntando esta medalha à de prata em 3000 metros em competição anterior, a uma medalha de bronze em Jogos Olímpicos e a um título mundial de atletismo indoor, entre muitos.
O feito é tanto mais extraordinário quanto Rui Silva esteve apoquentado por três anos com lesões preocupantes e assim quase perto de um final de carreira, como muitos previam.

Parabéns Rui Silva - um grande vencedor e exemplo de atleta - pela determinação, dedicação e esforço. Façamos votos para que estejas presente nos Jogos Olímpicos de Londres!

domingo, 8 de março de 2009

As sempre certas previsões dos economistas

De acordo com a comunicação social, Portugal poderá estar já a atravessar o ano de pior desempenho económico desde 1975, como já se advinhava em função do ritmo de actividade económica nos últimos meses do ano passado e em consequência da grave crise mundial.
Recentemente, o Banco Central Europeu estimou a recessão da economia da zona euro para um intevalo situado entre 2,2 e 3,2 por cento quando há apenas uns meses previa um intervalo menos pessimista na ordem dos zero e de um por cento negativo.
Numa leitura breve pelos jornais portugueses, verifica-se a abundância de comentários e previsões dos mais diversos economistas nacionais. Se bem que todos apontem para resultados negativos, o que qualquer um de nós também facilmente advinha, as previsões são muito variadas. Não sendo economista, não sei em que critérios objectivos, cenários e modelos matemáticos que baseiam estas criaturas. O que eu sei, é que geralmente acertam. Eufemisticamente, os economistas nunca se enganam: revêem em alta ou em baixa as suas previsões. Pena que tal estratégia não resulte para o Euromilhões.
Pelo sim pelo não, assim como se pergunta sobre as previsões dos jogos de futebol, aqui vão algumas estimativas publicadas no PÚBLICO por alguns dos nossos respeitáveis economistas:

"Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, a última previsão de crescimento publicada pelo seu departamento para 2009 era de um recuo de 1,2 por cento, mas a economista reconhece que já estão a trabalhar com um valor ligeiramente pior que dois por cento".

"Eduardo Catroga diz que uma contracção do nível da actividade económica maior do que o esperado não é de surpreender, seja a nível europeu seja português. "Em Portugal, será certamente uma contracção mais profunda do que a de 1983, e portanto, acima dos dois por cento".

"Fernando Ribeiro Mendes, ex-secretário de Estado da Segurança Social, salienta que, "a confirmar-se esta contracção na zona euro, seremos muito atingidos".

"João César das Neves diz que "uma contracção próximo dos três por cento é possível, sem dúvida", mas salienta, com prudência, que "ainda ninguém pode dizer com certeza porque "a situação é muito nebulosa".

"João Ferreira do Amaral, o mais optimista, o economista do ISEG acredita num "decréscimo de um por cento ou pouco mais" e sustenta esta previsão na possibilidade de haver "um aumento do consumo (sobretudo de grupos como os reformados e empregados), que compense a queda do comércio externo".

"Outro professor do ISEG, Miguel St. Aubyn, diz que "se estas previsões se verificarem para a zona do euro, não vejo grande razão para Portugal, pequena economia aberta e exportadora para essa zona, vir a ter um desempenho melhor".

"Na mesma linha, António Nogueira Leite, secretário de Estado do Tesouro no Governo de António Guterres, "diz que, neste momento, é razoável assumir que a economia portuguesa tenha uma performance no intervalo da zona euro".

"Miguel Beleza, ex-governador do Banco de Portugal, também considera "provável que Portugal acompanhe a zona euro e fique próximo da média europeia".

"Mira Amaral, antigo ministro da Indústria de Cavaco Silva, diz que, "se ficarmos em linha com o desempenho da economia europeia, já não é mau".

"Bagão Félix, apesar de surpreendido pela previsões "tão negativas" do BCE, diz que "Portugal vai claramente ficar na metade mais negativa do intervalo, ou seja, entre -2,7 e -3,2 por cento".

A ver vamos quem acertará, sem revisões em alta ou em baixa, porque isso cheira a batota!

sábado, 7 de março de 2009

As trapalhadas do Magalhães

Depois de anunciado com pompa e circunstância por José Sócrates como primeiro computador português - quando o mesmo de português pouco mais tem do que a tampa e a embalagem, sendo um derivado de um notebook da Intel -, depois de problemas com o fisco da empresa produtora, eis mais uma encrenca: os jogos didácticos infantis instalados contêm diversos erros de português!
Diz-se agora, à laia de desculpa esfarrapada, que o problema dos erros de português tem origem num emigrante em França que pouco mais tem do que a antiga quarta classe. E pergunta-se:
  • Porquê tanto tempo para descobrir estes erros?
  • Não há responsabilidades do fabricante nem do Ministério da Educação?
  • Ninguém testou o produto antes de o colocar nas mãos dos pequenos estudantes?

quarta-feira, 4 de março de 2009

Campanha Negra

Começa a não haver paciência para a história da "campanha negra". No melhor (ou pior) estilo da propaganda política, o PS vem insistindo na existência de tal campanha, sem indicar culpados, apenas uma vítima: José Sócrates!
Vem agora também Mário Soares insistir na vitimização do primeiro-ministro ao dizer que o mesmo está a ser atacado injustamente à esquerda e à direita. Já não bastava o ministro Santos Silva, o tal que gosta de malhar na direita! Enquanto isto, não se discute a crise, aquilo que mais aflige os portugueses...

domingo, 1 de março de 2009

Ryanair - viajar com moedas no bolso!

A companhia aérea "low-cost" Ryanair vai passar a cobrar 1,12 euros a cada passageiro pela utilização das casas de banho dos aviões, segundo o presidente da companhia irlandesa, Michael O’Leary. Ao que consta, irão ser instalados nas portas dos lavabos um serviço de moedas para que os passageiros paguem uma libra.

Uma libra? Como será para os passageiros que voem a partir de aeroportos fora do Reino Unido? Fora esta dúvida, uma certeza: as "low-cost" estão cada vez mais a prestar piores serviços.

A transportadora, que é líder na Europa, anunciou também na semana passada a abolição de todas as suas lojas de venda de bilhetes nos aeroportos, de modo a canalizar a venda de bilhetes e marcação de reservas exclusivamente para a Internet.

Curiosamente, fui ao "site" da companhia verificar, a título de exemplo, em quanto ficaria um voo de ida-e-volta Porto-Londres: a quantidade de taxas e de limitações deixa-nos a pensar. No final, o valor anunciado mais do que duplica, qulaquer extra é bem pago e o destino final (Stansted) fica muito fora de Londres. Publicidade enganosa! E a bordo tudo serve para vender, como o calendário da imagem...

É certo que quem voa em "low-cost" não espera um tratamento de cinco estrelas, mas começa a ser rídiculo. Para saber mais basta ver o "site" www.ihateryanair.com.uk.